Introdução A disfunção endotelial representa uma etapa inicial e crucial na fisiopatologia da aterosclerose, mesmo antes do aparecimento de manifestações clínicas. Nos últimos anos, tem sido crescente a preocupação com a ocorrência precoce dessas alterações vasculares em populações jovens, impulsionada por hábitos de vida inadequados, como sedentarismo, dietas hipercalóricas, tabagismo e estresse crônico. Esses fatores contribuem para alterações na função vascular, aumento da inflamação sistêmica e acúmulo subclínico de placas ateromatosas, elevando o risco cardiovascular ainda em faixas etárias jovens. Compreender a relação entre estilo de vida e disfunção endotelial é essencial para o desenvolvimento de estratégias preventivas eficazes, com foco na reversão ou desaceleração do processo aterosclerótico desde fases iniciais. Metodologia Este estudo será realizado por meio de uma revisão narrativa da literatura nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science, Science Direct, Scielo, Medline, Lilacs e Cochrane Library. Serão incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos, com foco em estudos observacionais, revisões sistemáticas e ensaios clínicos que relacionem fatores de estilo de vida à saúde endotelial e ao desenvolvimento de aterosclerose precoce em jovens. Como o Tema será abordado Inicialmente, serão descritos os mecanismos fisiopatológicos da disfunção endotelial e sua relação com a iniciação e progressão da aterosclerose. Serão destacados os principais marcadores utilizados na detecção precoce dessas alterações, como a dilatação mediada por fluxo (FMD), níveis circulantes de óxido nítrico (NO), moléculas de adesão endotelial e marcadores inflamatórios como PCR-us e IL-6. Em seguida, será discutido o impacto de fatores modificáveis do estilo de vida sobre a integridade endotelial, como a prática regular de atividade física, alimentação balanceada, cessação do tabagismo, manejo do estresse e qualidade do sono. Também serão exploradas evidências sobre intervenções comportamentais e políticas de sa