RESUMO A Oxitocina (OXT) é um hormônio peptídico amplamente conhecido por sua função no comportamento afetivo humano, exercendo influência em processos como a formação de vínculos sociais, empatia, confiança e intimidade emocional. Além de seu papel central nas interações sociais, a OXT tem sido estudada em relação ao comportamento emocional e suas variações entre homens e mulheres. Este estudo buscou explorar como as propriedades estruturais da OXT estão relacionadas a essas influências comportamentais, oferecendo uma compreensão mais profunda das suas interações. Desta forma, o objetivo deste estudo foi explorar a influência da Oxitocina no comportamento afetivo humano. Para tal, realizou-se uma revisão sistemática, seguindo as diretrizes do PRISMA, para estruturar a pesquisa e guiar a formulação das perguntas de investigação. Assim, a coleta de dados incluiu uma busca sistemática em bases de dados como Cochrane Library, LILACS/BVS e MEDLINE/PUBMED. Os resultados revelaram que os efeitos da ocitocina sobre o comportamento afetivo não são homogêneos, mas dependem de fatores como sexo biológico, variações genéticas, perfil hormonal e traços individuais de empatia. Em mulheres autistas, por exemplo, observou-se aumento paradoxal de testosterona após administração de ocitocina, enquanto indivíduos com menor empatia emocional demonstraram maior sensibilidade aos efeitos da OXT em tarefas de cognição social. Além disso, variações genéticas específicas foram associadas a níveis reduzidos de empatia, e a modelagem preditiva confirmou esses padrões. Conclui-se que a oxitocina atua na modulação de comportamentos afetivos e sociais, porém seus efeitos são altamente modulados por fatores biológicos e contextuais. Assim, intervenções baseadas na OXT devem considerar características individuais para evitar interpretações generalizadas e potencializar seus efeitos terapêuticos. Palavras-chave: Oxitocina; Comportamento Afetivo; Estrutura Molecular; Empatia; Relações Interpessoais.