Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) constitui uma das principais causas de incapacidade funcional no mundo, afetando milhões de indivíduos com déficits motores e cognitivos persistentes. A reabilitação neurológica representa um componente essencial do processo terapêutico, tradicionalmente centrada na fisioterapia convencional. No entanto, com o avanço das tecnologias digitais, surge a realidade virtual (RV), sobretudo em suas formas imersivas, como uma estratégia promissora para potencializar a recuperação funcional de pacientes pós-AVC. Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura para avaliar a efetividade da RV em comparação à fisioterapia convencional na reabilitação motora de adultos após AVC, considerando desfechos clínicos funcionais e parâmetros relacionados à adesão e engajamento terapêutico. Metodologia: A metodologia consistiu em buscas nas bases de dados PubMed e Google Acadêmico com os descritores combinados por operadores booleanos: (Stroke Rehabilitation OR Post-Stroke Rehabilitation OR Stroke) AND (Virtual Reality OR Immersive Simulation OR Computer-Assisted Therapy) AND (Functional Recovery OR Motor Recovery). Na PubMed, a aplicação de filtros (últimos cinco anos, texto completo, ensaios clínicos e metanálises) resultou em 41 estudos, dos quais 12 foram selecionados por título e resumo. No Google Acadêmico, após filtro temporal e de tipo de estudo, 15 artigos foram selecionados. No total, 27 publicações recentes foram analisadas, incluindo ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas com metanálise e estudos observacionais. Resultados: Os resultados apontam que a realidade virtual (RV) proporciona benefícios clínicos iguais ou superiores à terapia convencional (fisioterapia tradicional e terapia ocupacional) em diversos aspectos, como na função motora e cognitiva de pacientes com condições como acidente vascular cerebral, doença de Parkinson, esclerose múltipla e lesão medular. Diferente dos métodos tradicionais, que geralmente são repetitivo