Introdução A Doença de Alzheimer (DA) é a forma mais comum de demência neurodegenerativa, caracterizada por declínio cognitivo progressivo, perda de memória, alterações comportamentais e comprometimento funcional. Representa um grande desafio de saúde pública global, afetando milhões de pessoas e impondo significativo impacto socioeconômico. A fisiopatologia da DA envolve o acúmulo extracelular de placas de beta-amiloide (Aβ), a formação intracelular de emaranhados neurofibrilares de proteína tau hiperfosforilada, neuroinflamação e perda sináptica. Apesar dos avanços na compreensão da doença, o diagnóstico clínico muitas vezes ocorre em estágios avançados, quando a intervenção terapêutica é menos eficaz. Nesse contexto, a identificação de biomarcadores confiáveis para o diagnóstico precoce, estratificação de risco e monitoramento da progressão tornou-se uma prioridade na pesquisa em neurociências. Metodologia Este capítulo será elaborado por meio de uma revisão integrativa da literatura nas principais bases científicas, como PubMed, Scopus, Web of Science, Cochrane Library, Science Direct, Scielo e Medline. Serão incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos, com foco em estudos clínicos, metanálises e revisões sistemáticas relevantes à temática. Como o Tema será abordado Ao longo deste capítulo, será realizada uma análise abrangente da fisiopatologia da DA, com ênfase na cascata amiloide, disfunção da proteína tau, neurodegeneração e processos inflamatórios associados. Em seguida, serão discutidos os principais biomarcadores utilizados para diagnóstico precoce e acompanhamento da doença, com destaque para: Biomarcadores de imagem: como PET com traçadores para beta-amiloide e tau, além da ressonância magnética funcional; Biomarcadores liquóricos: níveis de Aβ42, tau total e tau fosforilada no líquor; Biomarcadores sanguíneos emergentes: como neurofilamento de cadeia leve (NfL), proteínas inflamatórias e exossomos neuronais. Será abordado também o papel de tecnologias inovadoras no rastreamento e prediçã